LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

O projeto de pesquisa e extensão Luz, Câmera e História! o filme na sala de aula
foi idealizado pelo historiador Rodrigo de Almeida Ferreira e implementado no Centro Universitário UNA (Belo Horizonte/MG), em 2009. A proposta é refletir sobre o uso pedagógico de um filme e seu papel na educação não-escolar, ou seja, referente a qualquer espectador, estudante ou não, especialmente em relação a temas ligados à História, política e cidadania.

O projeto favorece aos graduandos dos cursos de História e de Pedagogia da UNA discussões qualitativas referentes à relação entre o cinema e a educação. Um segundo momento das atividades do grupo é a exibição comentada de filme para a comunidade escolar de ensino básico. Trata-se de um espaço de integralização entre a teoria e a prática docente. No campo social, as sessões comentadas favorecem o contato de estudantes do ensino básico com o mundo universitário. São momentos em que ocorre a universalização do saber acadêmico junto à comunidade.

domingo, 12 de maio de 2013

TROPICÁLIA
informações sobre inscrições

Para se inscrever na sessão comentada de Tropicália (dirigido por Marcelo Machado), a ser exibida em 18 de maio, basta acessar o facebook do projeto: luz camera historia e indicar sua participação no evento criado na página nos informando seu nome completo; e aguarde confirmação.
Caso não possua facebook, pode encaminhar seus dados para o blog do projeto como comentário nesta postagem.
Ou ainda, caso prefira pode procurar as monitoras Jacqueline ou Simone, no Centro Universitário UNA/Campus Barro Preto, nos turnos da manhã ou noite - respectivamente - para se inscrever pessoalmente. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

TROPICÁLIA
sessão comentada em 18 de maio de 2013
 
 
 O movimento tropicalista, que expressou revolucionariamente as mudanças sócio-culturais e comportamentais da sociedade brasileira no final da década de 1960, é o tema da próxima sessão comentada do Luz. Câmera... História! O filme na sala de aula.
Tropicália, dirigido por Marcelo Machado e lançado em 2012, é o filme a ser exibido no sábado, 18 de maio. Premiadíssimo em festivais, o filme nos leva a uma viagem no tempo ao recuperar imagens - muitas delas desconhecidas até então - de arquivos televisivos, shows, acervos pessoais; que se somam às entrevistas realizadas para o filme com os artistas que integraram aquele movimento.
É comum associar os tropicalistas ao campo musical graças ao disco coletivo Tropicália ou Panis et Circencis  (1968). Esse disco conceito foi regido pela batuta do maestro Rogério Duprat, organizando a criatividade transgressora de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Nara Leão, Gal Costa, Os Mutantes, Torquato Neto, Capinam.
Mas não era apenas na música que os tropicalismo se desenvolvia, afinal era uma reflexão cultural e comportamental. O teatro experimental (especialmente sob a liderança de Zé Celso Martinez), a literatura (Pan América, de José Agripino de Paula teve grande impacto), as artes plásticas (como as instalações de Hélio Oiticica) e o Cinema Novo (com sua estética  revolucionária e social, sendo Glauber Rocha a figura proeminente) se somavam a expressão musical revendo o Brasil e propondo rupturas profundas. Em grande medida, os tropicalistas retomavam a revisão da cultura brasileira promovida pelos modernistas das décadas de 20/30, revalidando a atitude antropofágica cultural. Todo esse movimento estético, artístico, cultural, comportamental e político ocorreu no mesmo momento em que a ditadura militar se tornava mais intransigente, repressora e violenta.
Então, após a ótima sessão com o filme Meia noite em Paris, que motivou um instigante debate sobre a relação arte e sociedade, tendo como foco a "geração perdida" da década de 1920, venha continuar a discutir conosco a relação entre os movimentos artísticos e as transformações sociais a partir das representações cinematográficas - ao som e à estética tropicalista.
 
Rodrigo de Almeida Ferreira