A ROSA PÚRPURA DO CAIRO
sessão comentada em 28 de setembro de 2013
A magia do cinema fascina o espectador desde seu surgimento, em fins do século XIX, tanto que naqueles anos iniciais os filmes eram atrações das grandes feiras, junto a espetáculos de mágica e circo. O desenvolvimento da tecnologia, das técnicas e linguagens cinematográficas fizeram com que o filme adquirisse o status de sétima arte (Ricciotto Canudo, 1911). Esse movimento só fez aprofundar a atmosfera do fantástico que cerca o espectador quando adentra uma sala escura e passa algumas horas mergulhado em uma realidade paralela à sua.
Woody Allen, cineasta norte-americano e amante do universo cinematográfico, já prestou muitas homenagens ao cinema - especialmente àquilo que se denomina 'arte do fazer cinema', mesmo em meio às demandas da indústria cultural*. Essa é uma das linhas percorridas em seu A Rosa Púrpura do Cairo (1984), que será exibido em sessão comentada pelo Luz, Câmera e História!, em 28 de setembro, na Casa UNA de Cultura.
Para participar, é preciso fazer inscrição prévia, via facebook:
luz camera historia e aguardar confirmação.
Confira a sinopse:
Em área pobre de Nova Jersey, durante a Depressão, uma garçonete (Mia Farrow) que sustenta o marido bêbado e desempregado, que só sabe ser violento e grosseiro, foge da sua triste realidade assistindo filmes. Mas ao ver pela quinta vez "A Rosa Púrpura do Cairo" acontece o impossível! Quando o herói da fita sai da tela para declarar seu amor por ela, isto provoca um tumulto nos outros atores do filme e logo o ator que encarna o herói viaja para lá, tentando contornar a situação. Assim, ela se divide entre o ator e o personagem.
*Para o tema Arte e Indústria Cultural, vale conferir os trabalhos realizados pela chamada Escola de Frankfurt, ou Escola Crítica, sobretudo textos produzidos por Walter Benjamin e Theodor Adorno.
Rodrigo de Almeida Ferreira