LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

O projeto de pesquisa e extensão Luz, Câmera e História! o filme na sala de aula
foi idealizado pelo historiador Rodrigo de Almeida Ferreira e implementado no Centro Universitário UNA (Belo Horizonte/MG), em 2009. A proposta é refletir sobre o uso pedagógico de um filme e seu papel na educação não-escolar, ou seja, referente a qualquer espectador, estudante ou não, especialmente em relação a temas ligados à História, política e cidadania.

O projeto favorece aos graduandos dos cursos de História e de Pedagogia da UNA discussões qualitativas referentes à relação entre o cinema e a educação. Um segundo momento das atividades do grupo é a exibição comentada de filme para a comunidade escolar de ensino básico. Trata-se de um espaço de integralização entre a teoria e a prática docente. No campo social, as sessões comentadas favorecem o contato de estudantes do ensino básico com o mundo universitário. São momentos em que ocorre a universalização do saber acadêmico junto à comunidade.

quinta-feira, 31 de maio de 2012


LUZ. CÂMERA. HISTÓRIA... NO RÁDIO

O Luz. Câmera. História... o filme na sala de aula!, pega uma carona no lançamento de On the Road (Na Estrada). A película é a adaptação do clássico livro da contra-cultura On the Road, escrito por Jack Kerouac, em 1957. O autor e o livro tornaram-se ícones beatiniks, movimento literário, musical e estético que ajudou a redefinir os padrões culturais a partir da 2ª metade do século XX. Como o filme dirigido pelo brasileiro Walter Salles Júnior só estreará no Brasil em julho, seguiremos a estrada analisando aspectos do movimento beatinik, e seus desdobramentos na onda hippie e da tropicália brasileira, a partir do filme Aconteceu em Woodstock, do diretor Ang Lee (2009). Nesse filme, o famoso festival da geração “paz e amor” é retratado em seus bastidores, contando com excelente trilha sonora; ainda que não apresente um único trecho dos famosos shows ocorridos; favorecendo a problematização histórica de variados aspectos sócio-comportamentais das décadas de 1950-70. A sessão, que integra o programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil, será apresentada pelo profº. Rodrigo de Almeida às 21:15. Então, sintonize seu rádio ou internet, ouça e participe do debate conosco.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


ACONTECE...

A 7ª Mostra de Cinema de Ouro Preto – CINEOP – acontecerá entre os dias 20 e 25 de junho. Como tem sido característica do evento que ocorre na bela cidade colonial mineira, além da exibição de filmes da sétima arte, a 7ª CINEOP mantém sua preocupação em discutir a preservação e restauração da memória cinematográfica brasileira. A ideia é refletida nos seminários, oficinas e no Encontro de Arquivo ligados ao Audiovisual.
Outro ramo que se destaca na Mostra é a Sessão Cine-Escola, voltada para discutir o uso do filme no campo educacional. Tendo como público alvo profissionais da educação, estudantes e interessados em geral, o Cine-Escola exibirá filmes sugeridos para as faixas etárias entre 5 e 18 anos. Há ainda a Mostrinha de Cinema, voltada para o público infantil.
As inscrições para as oficinas e para o cine-escola já estão abertas, são gratuitas e limitadas. Para maiores informações acesse o site do evento:
http://www.cineop.com.br/index.php

terça-feira, 22 de maio de 2012

ACONTECE...


A segunda edição de O Crime tem seu encanto  II exibe filmes de grandes diretores que abordam temas relacionados à máfia e ao crime. Entre os dias 21 e 25 deste mês, o Cine Humberto Mauro recebe clássicos de Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Quentin Tarantino, entre outros expoentes do cinema internacional. A mostra, com entrada franca, revela a excitante sensação de poder e a fragilidade humana por meio de obras que permeiam o imaginário social, cultural e cinematográfico norte-americano. 

Confira a programação, conforme divulgado pelo site da Fundação Clóvis Salgado

21 SEG
16h30 | Serpico, de Sidney Lumet | (12 anos) | 130'
21h30 | O Grande Golpe, de Stanley Kubrick | (12 anos) | 89'

22 TER
17h | Era uma vez na América, de Sergio Leone | (14 anos) | 229'
21h | Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese | (14 anos) | 145'

23 QUA
16h | Fogo contra Fogo, de Michael Mann | (14 anos) | 170'
19h | Caminhos Perigosos, de Martin Scorsese | (16 anos) | 112'
21h | O Ano do Dragão, de Michael Cimino | (16 anos) | 134'

24 QUI
19h30 | Fogos de Artifício (Hana-bi), de Takeshi Kitano | (16 anos) | 103'
21h30 | Cotton Club, de Francis Ford Coppola | (14 anos) | 127'

25 SEX
15h30 | O Ano do Dragão | (16 anos) | 134'
18h | Pulp Fiction, de Quentin Tarantino | (18 anos) | 154'
21h | Serpico, de Sidney Lumet | (12 anos) | 130'

Fonte: http://www.palaciodasartes.com.br/agenda/2671,o-crime-tem-seu-encanto-ii.aspx

sábado, 12 de maio de 2012

INSCRIÇÕES PARA SESSÃO COMENTADA

  QUANTO VALE OU É POR QUILO? - 19/05


Quem quiser participar da sessão comentada do filme Quanto Vale Ou é Por Quilo?, que será exibida em 19 de maio, às 10h, na Casa UNA, basta enviar um comentário nesta postagem (é só clicar no link comentários, logo abaixo) deixando seu nome completo e instituição de ensino.
Solicitamos o favor de realizar esse procedimento devido ao número restrito de assentos no local de exibição.
Grato pela compreensão, 
Equipe Luz. Câmera. História! o filme na sala de aula.
QUANTO VALE OU É POR QUILO?
exibição comentada em 19 de maio de 2012

O início do século XXI é marcado por significativas mudanças nas relações econômicas, de trabalho e sociais. É possível perceber nesses tempos atuais uma maior fluidez na organização social, pensando juntamente com o sociológo polonês Zygmunt Bauman (entre os livros do autor publicados no Brasil, ver Modernidade Líquida, de 2000, e Capitalismo Parasitário e Outros Temas Contemporâneos, de 2010, ambos pela Jorge Zahar Editor). As formas das sociedades se organizarem tem destacado cada vez mais o conceito de comunidades e ações setorizadas, articuladas pela ação civil, ao mesmo tempo em que o Estado tem se esvaziado das responsabilidades outrora a ele atribuído. As Organizações Não-Governamentais e Associações são exemplos emblemáticos desses tempos. Contudo, na mesma medida em que esses espaços ganham relevância, também surgem questionamentos sobre esse caminho, além de denúncias sobre desvios de condutas de inúmeras ONG's e Associações.
Sérgio Bianchi lançou Quanto vale ou é por quilo? em 2005, três anos após começar a rodá-lo. De certo modo, o filme se inscreve nesse cenário reflexivo. Em uma instigante estratégia, o diretor mescla temporalidades históricas bastante distintas para discutir aspectos estruturais da sociedade brasileira relacionadas a exploração da pobreza, assistencialismo e uma mentalidade da cordialidade, como havia definido Sérgio Buarque de Holanda. O filme faz uma analogia entre as relações escravistas e de dependência com a atuação de uma ONG cujo principal objetivo da sua mantenedora é a autopromoção, e ainda o uso inescrupuloso por políticos da situação de pobreza, por meio do assistencialismo.
Quanto vale ou é por quilo? provocou boas reações nos espectadores e críticos. Igualmente é um filme com excelente potencial pedagógico a ser explorado, bem como casa com a ideia do cinema como uma espaço para a construção de uma História Pública, já que diversos aspectos da sociedade brasileira podem ser trabalhados. Confira abaixo a sinopse do filme e venha assistí-lo na sessão comentada que ocorrerá no sábado, 19 de maio, na Casa UNA. 

Quanto vale ou é por quilo?  (direção de Sergio Bianchi, 2005)
“Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.”
fonte: www.cinemateca.com.br  

Publicado por Rodrigo de Almeida Ferreira
 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

LUZ. CÂMERA. HISTÓRIA... NO RÁDIO

O Luz. Câmera. História... o filme na sala de aula!, aproveitando a celebração do Dia do Trabalhador (1º de maio), levará à sessão Educação e Cinema desta segunda, 07 de maio, pela Rádio UFMG Educativa, 104,5 FM, uma discussão sobre o trabalho e os trabalhadores. O filme base para nossas reflexões será Eles não usam black tie (dir. Leon Hirszman, 1981), cujo roterio é uma adaptação da peça homônima escrita por Gianfrancesco Guarnieri, que também atua na película. A história narra o drama de uma familia de trabalhadores cujo pai militante, que havia inclusive passado algum tempo preso durante a ditadura, entra em conflito com seu filho devido ao seu individualismo. O estopim do drama ocorre quando uma greve é deflagrada, mas o filho se nega a participar com medo das represálias e de perder o emprego, justamente quando está para se casar com sua noiva grávida. É uma excelente oportunidade para pensar o papel dos trabalhadores na sociedade e também para conhecermos melhor o Brasil do início dos anos de 1980, quando a ditadura militar dava sinais de enfraquecimento e a sociedade civil crescia em poder com várias mobilizações como as greves do ABC ((1979-80), a campanha pela Anistia Política, o início da campanha das Diretas Já, o movimento da Democracia Corinthiana (81-85). A sessão, que integra o programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil, será apresentada pelo profº. Rodrigo de Almeida às 21:15. Então, sintonize seu rádio ou internet, ouça e participe do debate conosco.