LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

O projeto de pesquisa e extensão Luz, Câmera e História! o filme na sala de aula
foi idealizado pelo historiador Rodrigo de Almeida Ferreira e implementado no Centro Universitário UNA (Belo Horizonte/MG), em 2009. A proposta é refletir sobre o uso pedagógico de um filme e seu papel na educação não-escolar, ou seja, referente a qualquer espectador, estudante ou não, especialmente em relação a temas ligados à História, política e cidadania.

O projeto favorece aos graduandos dos cursos de História e de Pedagogia da UNA discussões qualitativas referentes à relação entre o cinema e a educação. Um segundo momento das atividades do grupo é a exibição comentada de filme para a comunidade escolar de ensino básico. Trata-se de um espaço de integralização entre a teoria e a prática docente. No campo social, as sessões comentadas favorecem o contato de estudantes do ensino básico com o mundo universitário. São momentos em que ocorre a universalização do saber acadêmico junto à comunidade.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

 
SURPLUS E A SOCIEDADE DE CONSUMO
(NOVOS) TEMPOS DE MUDANÇA SOCIAL?



Nas primeiras décadas do século XXI um misto de esperança e descrença abala a população mundial. Os avanços tecnológicos que tanto encantam pela praticidade, intensidade e velocidade, também nos oferecem imagens e conhecimentos que colocam dúvidas quanto ao futuro da humanidade.
Os anos 2000 se conformam a partir da crise do regime socialista e da inauguração ideológica da política internacional contra o terrorismo. Em uma primeira análise pode até parecer o triunfo da economia capitalista e democracias liberais do Ocidente. Porém, a crise econômica tem sido uma constante, refletindo a globalização dos sistemas produtivos. Basta lembrar das crises dos países asiáticos ou da recessão norte-americana. Nas últimas semanas, gregos e italianos viram seus gabinetes governamentais sucumbirem a crise financeira que há tanto tempo lhes impõe restrições diárias. O cenário de eleições nos demais países europeus tende a mudança de governo.  
fonte: http://occupywallst.org/
A descrença com a economia e com os políticos, somado a insatisfação com a desigualdade social, levaram um grupo a propor a ocupação do centro econômico mundial: Occupy Wall Street (Ocupe Wall Street; ver site do movimento: http://occupywallst.org/). Há dois meses os Estado Unidos têm que lidar com um grupo de manifestantes acampados. Mesmo a expulsão dos manifestantes, nesta semana, pela prefeitura de Nova Iorque, sob a alegação de que a aglomeração prejudicava a segurança e saúde pública, não diminui a força da ação. O movimento cresceu e ganhou adeptos nos EUA pelas redes sociais, se alastrando para outros Estados e outras grandes cidades do mundo, que passaram a ter seus centros econômicos e bolsas de valores atacados por manifestantes. No Brasil, o feriado da proclamação da República vivenciou uma série de manifestações contra a corrupção, também organizadas de modo mais independente. 
fonte: http://www.activismodesofa.net/
Longe das democracias liberais (mas nem tanto assim...) assistimos uma crescente onda de questionamentos aos governos ditatoriais em vários países muçulmanos. A chamada primavera árabe desabrochou em manifestações e reivindicações variadas, ainda que seus resultados sejam obscuros e inesperados. Mas elas possuem ao menos um ponto em comum: a consciência política.

Os exemplos acima refletem a globalização e interconectividade do mundo contemporâneo. Mas como essa realidade foi construída? E de que maneira se sustenta? É possível pensar alternativas de organização social, política e econômica? A sociedade de consumo nos consome?
fonte: http://www.oesquema.com.br
Eis algumas reflexões propostas por Eric Gandini, diretor do filme Surplus (2003, veja sinopse em postagem anterior). Contando com um conjunto de imagens e entrevistas produzidas em diversos continentes, entremeadas por uma instigante trilha sonora executada pelo Gothan Project, o filme investiga a sociedade moderna, revelando os bastidores da política, economia, propaganda e consumismo. De modo inteligente e bem humorado, o que acentua a dramaticidade do seu conteúdo, a crítica é tecida pelo filme a partir do confronto de propostas ideológicas: socialistas, capitalistas e o primitivismo, defendido pelo anarquista norte americano John Zerzan (ver site do autor: http://www.johnzerzan.net/) – que tem inspirado manifestações mais radicais, como os Black Blocks (blocos negros) ou Occupy Wall Street.
Se não sabemos para onde ir, é fundamental saber onde estamos – e talvez para onde não há mais caminho. Venha pensar nos rumos que estamos construindo para a sociedade deste milênio a partir da exibição comentada de Surplus, neste sábado, 19 de novembro, às 10 horas na Casa UNA de Cultura (r.Aimorés, 1451).


Nenhum comentário:

Postar um comentário