LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

O projeto de pesquisa e extensão Luz, Câmera e História! o filme na sala de aula
foi idealizado pelo historiador Rodrigo de Almeida Ferreira e implementado no Centro Universitário UNA (Belo Horizonte/MG), em 2009. A proposta é refletir sobre o uso pedagógico de um filme e seu papel na educação não-escolar, ou seja, referente a qualquer espectador, estudante ou não, especialmente em relação a temas ligados à História, política e cidadania.

O projeto favorece aos graduandos dos cursos de História e de Pedagogia da UNA discussões qualitativas referentes à relação entre o cinema e a educação. Um segundo momento das atividades do grupo é a exibição comentada de filme para a comunidade escolar de ensino básico. Trata-se de um espaço de integralização entre a teoria e a prática docente. No campo social, as sessões comentadas favorecem o contato de estudantes do ensino básico com o mundo universitário. São momentos em que ocorre a universalização do saber acadêmico junto à comunidade.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

 Luz, Câmera e História! o filme na sala de aula. 
As sessões vão começar...


Nesse semestre a temática dos filmes a serem exibidos pelo Luz. Câmera e História! O filme na sala de aula. gira em torno de algumas abordagens feitas pelo cinema em relação ao negro na sociedade brasileira. Os três filmes escolhidos perpassam temporalidades históricas marcantes. 
O primeiro a ser exibido será Xica da Silva (dir.Cacá Diegues, 1976), que conta a história da ex-escrava  que ganhou prestígio ao se amasiar com o Contratador dos Diamantes, João Fernandes de Oliveira, um dos homens mais poderosos do Império português, pervertendo os valores vigentes na sociedade diamantina do século XVIII.
A sessão de maio exibirá Quanto vale ou é por quilo? (dir. Sérgio Bianchi, 2005), um ótimo trabalho que faz uma ponte entre o período da escravidão e os projetos assistencialistas de ong's de caráter muitas vezes duvidosos, permitindo perceber permanências de uma mentalidade escravista.
A sessão de despedida deste semestre acontecerá em junho e reserva o filme Quase dois irmãos (dir.Lúcia Murat, 2004). A diretora retrata a amizade entre duas crianças, uma branca de classe média alta, e outra negra pobre. O destino as separam, mas promove dois reencontros: um durante a ditadura militar, quando ambos estão presos no presídio de Ilha Grande; o branco como preso político e o negro como preso comum. Anos depois, um novo reencontro: o branco agora é senador da república, enquanto o negro se tornou um poderoso traficante.
Os filmes revelam o preconceito existente em nossa sociedade em ações sutis e muitas vezes internalizadas, mas que temos dificuldades para reconhecer, seja por um sentimento de culpa, seja por conveniência. Então, venha assistir aos filmes e participar dos debates conosco para pensarmos, por meio do conhecimento histórico e do cinema, questões da nossa organização social contemporânea.

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