LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

LUZ, CÂMERA E HISTÓRIA: O FILME NA SALA DE AULA

O projeto de pesquisa e extensão Luz, Câmera e História! o filme na sala de aula
foi idealizado pelo historiador Rodrigo de Almeida Ferreira e implementado no Centro Universitário UNA (Belo Horizonte/MG), em 2009. A proposta é refletir sobre o uso pedagógico de um filme e seu papel na educação não-escolar, ou seja, referente a qualquer espectador, estudante ou não, especialmente em relação a temas ligados à História, política e cidadania.

O projeto favorece aos graduandos dos cursos de História e de Pedagogia da UNA discussões qualitativas referentes à relação entre o cinema e a educação. Um segundo momento das atividades do grupo é a exibição comentada de filme para a comunidade escolar de ensino básico. Trata-se de um espaço de integralização entre a teoria e a prática docente. No campo social, as sessões comentadas favorecem o contato de estudantes do ensino básico com o mundo universitário. São momentos em que ocorre a universalização do saber acadêmico junto à comunidade.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

TEMPOS MODERNOS

Exibição comentada em 22 de outubro de 2011

Charles Chaplin é um dos grandes nomes da sétima arte. Não há quem duvide desta afirmação. Sua presença na história do cinema é reconhecida por algumas das cenas mais marcantes exibidas nas telonas. Entre as imagens canônicas protagonizadas e dirigidas por Chaplin lembramos da sátira feita ao Hitler brincando com o mundo em um globo inflável, no filme O Grande Ditador (1940), em plena Segunda Guerra Mundial; e do trabalhador sendo engolido pelas engrenagens de uma máquina industrial, em Tempos Modernos (1936), quando o mundo capitalista tentava se recuperar da Grande Depressão de 1929.

O Luz. Câmera. História: o filme na sala de aula! homenageia a genialidade de Chaplin exibindo neste sábado, 22 de outubro, o filme Tempos Modernos.  A sessão acontecerá na Casa UNA de Cultura (R.Aimorés, 1451), às 10h.

Rodado durante a crise do capitalismo decorrente da grande depressão norte-americana, mas também vivenciada na Europa, que ainda se recuperava da 1ª Guerra Mundial (1914-18), o filme pode ser considerado uma serena crítica às desigualdades sociais e a fragilidade do trabalhador nas relações de emprego.

Neste filme, rodados ainda em estreito diálogo com as técnicas do cinema-silencioso, ou cinema-mudo, ocorre a última aparição do clássico personagem Carlitos, o alter-ego do diretor-ator na pele do carismático vagabundo-palhaço, em suas (des)venturas pela sobrevivência com dignidade em momento de crise econômica. Como é característico de sua obra, Chaplin adota a comédia como fio condutor para problematizar a vida cotidiana.

Passados 75 anos de seu lançamento, será que Tempos Modernos ainda pode encantar? Será que as atrapalhadas de Carlitos ainda provocam o riso? Os atores do filme ainda podem inspirar as novas gerações? As soluções criativas encontradas para o cenário e efeitos do filme permitem um diálogo com as mais avançadas tecnologias computadorizadas de hoje? E quando você olha ao seu redor, o cenário urbano que enxerga possui semelhanças ou em nada se parece com aquela realidade apresentada no filme? 

Pensar o processo histórico rindo, eis o convite de Charles Chaplin.

Se você já assistiu ao filme, não perca essa oportunidade para revê-lo e debatê-lo. Se ainda não viu, então venha, e seja bem vindo aos Tempos Modernos.

Sinopse:
Título original: Modern Times
Título em português: Tempos Modernos
Direção: Charles Chaplin         Ano: 1936 (EUA)
Duração: 87 minutos
Atores principais: Charles Chaplin (um operário) e Paullete Goddard (a jovem).

Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe e o pai está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar. Carlitos conhece a jovem e constroem uma sincera amizade e solidariedade. Juntos terão que se virar para sobreviver nesses tempos modernos.

 

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